Apresentações

Enquanto

Enquanto a bela tarde se escondia,
O murmúrio dos sonhos a envolvia.
As folhas ao redor,
A suave brisa que a consumia.
O ruído do vento,
Talvez fosse a dor da solidão
Ou era o sussurro do canto que não saía.
Tentará acordar de um sonho que a estremecera,
Quanta vez tentará acordar.
O envolvente e doce lugar a consumia.
Passaram segundos, minutos,
horas e ali se envolvia.
Tentará, tentará acordar, mas era consumida pela ternura de um sonho.
Um sonho que não dizia, um sonho que se escondia de si própria, um sonho que não era sonho, mas um sonho que ao despertar era a mais doce e real sensação de um sonho. 

Acadêmicas: Daniela, Eloisa, Juliane, Talita e Tamires.
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Querida,
Hoje me veio à lembrança a nossa gloriosa infância, tempos em que a fantasia nos envolvia completamente. Lembrei-me das tardes ensolaradas passadas sob a sombra da figueira rodeada de minhas bonecas. Ah, minhas bonecas, minhas velhas companheiras, algumas ainda repousam por aqui em algum lugar, esquecidas, solitárias... tal como eu estou agora.
Restam-me, querida, somente as lembranças da inocência perdida, da pureza e da crença arrancadas brutalmente pela vida; e antes que até mesmo estas se percam, prefiro eu mesma deixar este mundo enquanto posso levar algo de bom da vida para minha morte onde espero encontrar a paz que procuro e a realização das promessas de minha infância.
Com todo o meu amor
Josete, Grazielli, Maiza, Marcos
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Era uma vez...

 Era uma vez nuvens que viravam animais.
 Era uma vez grandes acontecimentos, narração sagaz.
 Mas era mesmo uma vez! Quem contava história já não conta mais.
 As nuvens não são fantasias,
 Olham para cima pedindo socorro.
 E as histórias grandes, narrações do que vivem hoje.
 Quem inventou a infância não cuidou, o tempo passou, tudo mudou.
 Deitada no chão, resolvendo a questão. É boneca ou criança? Doce infância.
 E quando chega é minha ou sua? Da mãe ou do pai?
 Já não sabe a menina que espera aflita uma outra boneca, que querendo, ou não, será sua preferida.

Acadêmicas: Amanda Santana Ra: 58500
Andressa Oliveira Barros Ra: 56248
Sulyen Porfírio Ra: 51929
Vanessa Carla Sinti Ra: 56382 
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Grupo 04: Aline, Camila, Letícia, Patrícia, Silvana e Viviani

Bula de remédio: Doce infância

*Remédio: Doce infância

*Comprimido de 10 mg. Caixa com 30 comprimidos. Tomar 1 por dia.

*Doce infância: É recomentado a qualquer faixa etária. A partir do nascimento, até a mais tenra idade.

*Composição: Felicidade, vida, liberdade, saudade e muita emoção.

*Informação ao paciente de Doce infância: esse produto não precisa ser protegido de crianças. Pelo contrário, ela é quem mais deve ter acesso a esse remédio. Seu prazo de validade é vitalício e não possui contra-indicações. Este medicamento também pode ser usado por pacientes hipertensos, diabéticos, grávidas e até por pacientes com distúrbios cardíacos. Aliás, faz muito bem ao coração.

*Doce infância: Além de ser um estimulante de recordações que faz você se lembrar de seus tempos de criança, época da qual você se divertia, brincava, estudava e não tinha preocupações, Doce infância também é capaz de despertar nas crianças interesse e o desejo em aproveitar ao máximo essa fase da vida.

*Indicações: Doce infância é indicado como parte de um programa amplo de recuperação da infância, que tipicamente inclui medidas psicológicas, educacionais e sociais que serve para estimular as crianças a desfrutar ao máximo esse período da vida, que infelizmente passa muito rápido e deixa lembranças e cicatrizes incríveis.

*Contra indicação: Doce infância é contra-indicado a pessoas mal humoradas, insensíveis e que não respeitam a infância como a fase mais importante para o desenvolvimento do ser humano.

*O tratamento contínuo de Doce infância pode exacerbar uma série de sintomas comportamentais e alterações de pensamento. O abuso desse medicamento pode causar muita alegria, sensibilidade e emoção. Portanto, muita atenção: pode causar dependência física ou psíquica.
Este tratamento ainda consiste na aplicação de medidas de suporte à proteção da infância. Protege os pacientes das responsabilidades e tragédias do dia-a-dia e proporciona muita euforia e vontade de curtir a vida. Portanto, faz-se necessário o uso correto desse medicamento, para que futuramente você se torne um adulto feliz e de bem com a vida e não uma pessoa frustrada por não ter aproveitado melhor sua infância e os momentos de alegria na qual ela poderia ter lhe proporcionado.

Venda somente sob prescrição médica “Só pode ser vendido para quem realmente deseja viver ou relembrar uma Doce Infância.”
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Gênero textual: Crônica Narrativa
Autora: Rebeca Figueiredo (Nome fictício)
Título:
Ah, fala sério!

Algumas pessoas afirmam que a infância esteja desaparecendo. Porém, algum adulto já perguntou para nós, as crianças, o que realmente pensamos sobre isso!? Pois eu, Rebeca, como uma criança de oito anos, tomo a liberdade de representar este público, apresentando a nossa opinião sobre este assunto tão problematizado pelos “adultos” (e, aliás, como os adultos gostam de complicar as coisas!!!).
Bom, nós gostamos de brincar e de nos divertimos de diversas formas, como, por exemplo, jogar videogames, assistir desenhos, acessar a Internet, publicar ou postar “coisas” no Orkut, no Facebook e no Twitter... Enfim, gostamos de uma porção de coisas, mas muita gente diz que estamos perdendo a nossa infância porque não fazemos as mesmas coisas que os nossos pais e avós faziam. Olha, nós ainda continuamos gostando de brincadeiras. No entanto, hoje temos muitas outras possibilidades de nos divertimos sem necessariamente com isso precisarmos correr, nos sujarmos ou estarmos junto com outras crianças. Sei que pra vocês isso tudo é muito estranho, mas nós gostamos de nos vestirmos e ficarmos parecidos um pouco mais como vocês, os adultos.
Certo dia, eu estava brincando com o meu cachorro Dudu e com minhas bonecas no quintal da casa de minha avó. Ela não tem computador e nem videogame na casa dela (minha avó mal enxerga os botões do controle da TV, imagina então se ela saberia mexer em um PC ou em um videogame? Fala sério!). Como era sábado à tarde e na televisão só estava passando coisas chatas, então resolvi pegar um pedaço de lona preta e ir brincar no quintal. Brinquei a tarde toda, fiz de conta que a minha boneca Beyoncê e o meu cachorro Dudu eram os reis da floresta e mandavam em todos os animais que ali viviam; só que o malvado grilo e a rã comedora de corações armaram um plano contra o reino e prenderam os reis na masmorra, assumindo assim o comando, até que a mosca os libertou e eles conseguiram recuperar seus antigos lugares. Depois disso eu brinquei de várias outras coisas até que acabei adormecendo lá mesmo.
Bom, não é porque vocês adultos dizem que nós, as crianças, não temos infância que isso seja verdade. Nós gostamos de brincar, mas também gostamos de jogar videogame, de entrar na Internet, de nos maquiarmos, pintar as unhas, comer doces e ver TV. Só não gostamos muito de ir pra escola, por que lá os professores nos mandam sentarmos e ficarmos quietos, mas quando chega a hora do recreio parece que o tempo voa. Enfim, parem de acreditar que sabem de tudo e que vocês sempre têm razão! Nós só queremos ser felizes e também ver vocês felizes. Bom, acho que era isso. Ah, por favor, ficar sem tomar banho no inverno e faltar em dias de chuva na escola não mata ninguém não, ta!? Obrigada!

Acadêmicas:
Adriély da Silva Santos
Andressa Lopes Guarido
Daiane Costa
Fernanda dos Santos
Jaqueline de Medeiros
Rosinei de Oliveira
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Emmet Gowin, “Nancy, Danville, Virginia” (1965).

            Na imagem produzida por Emmet Gowin, há uma menina deitada no chão, aparentemente sobre folhas e várias bonecas. Ela usa um singelo vestido e um dos braços (esquerdo) protege os olhos da incidência de luz que a atinge basicamente a partir de seu lado inferior direito.
            A princípio, a imagem pode parecer vaga, mas fazendo um esforço de observação, análise e reflexão, arriscamos conjeturar: estaria ela desprovida de morada e família, abandonada? Porém, suas vestimentas parecem estar em bom estado, parecendo pouco provável que uma garota abandonada estivesse bem trajada com ela.
            Seria ela modelo diante das lentes de alguém que pretendia ilustrar, por meio da fotografia, o momento político dos EUA com a investida armamentista e espacial, na chamada “Guerra Fria”, tendo como força antagônica a extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS)? Caso estas hipóteses sejam afirmativas, qual relação seria possível estabelecer entre tal inocência infantil e os desejos imperiosos da nação na qual a referida imagem foi produzida?
            Poderíamos supor que a relação que se pretendia era com a música, pois os Beatles “explodiam” em sucesso na Inglaterra e, além de suposição, fosse melhor aceitar tal fenômeno musical que surgia como símbolo da juventude rebelde. Entretanto, que elementos de rebeldia podemos encontrar em uma garota passivamente deitada no chão com suas bonecas?

Daiane Valéria
Claudete
Valmir
Lilian 
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Os tempos mudaram


Deitada na terra fria,
Ainda que menina
Tentava fugir dos problemas da vida.
Em meio a tantas guerras e revoluções
Que os homens planejavam por pura ambição.
Eu só queria ser criança...
E viver a minha infância.
Brincar com minhas bonecas
E entre estas, eu seria mais uma.
Mas não tive esse prazer
Tudo por causa do poder.
Minha infância foi esquecida
No tempo ficou adormecida.
Agora querem tirar minha inocência e minha pureza
E transformá-las em riqueza.
Já não me vejo como criança
E nem tenho esperança,
De um dia voltar àquele tempo
E ser feliz por um momento,
Pois me atribuíram tantas atividades e responsabilidades
Que não tenho mais felicidade
De expressar meus sentimentos.
Então, sozinha vivo sofrendo,
Sem atenção, carinho e sem ter confiança
E eu só queria ser criança...
E viver a minha infância.

Autoras: Alana Angelica Camozi RA: 58551
Elaine de Oliveira RA: 60020
Fernanda dos Santos Rocha RA: 57990
Heliane do Amaral RA: 58675
Isabela Mazatto RA: 55536
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Fuga da Solidão


Nessa tarde pude contar
Com a amizade de minhas bonecas
E a proteção de meu fiel cachorro
Para que não me sentisse sozinha.

Mas há momentos
Que me sinto abandonada.
Sem ter amigos para brincar,
Mas isso não me preocupa mais.

Pois sempre que estou,
Sentada embaixo da sombra de uma árvore no quintal
Deixo minha imaginação,
Levar-me para um lugar.

Onde esqueço de meus problemas,
E posso brincar com minhas bonecas
Que ganham vida
E fazem-me esquecer da solidão

Ciro Gomes da Silva
Eliane Berbert da Silva
Jônatas Rodrigues Bastos
Lincon Secolo
Lucivane Trevizan