Políticas Públicas e gestão: Educação e Diversidade
Profª.: Eloiza
Elena da Silva
Filme Vermelho como o Céu
Valmir Avelino Machado
É uma história baseada em fatos reais e mostra a
capacidade que um indivíduo pode ter em superar adversidade. Naquele período –
anos 1970 – a legislação, não só da Itália, mas em vários outros países, não
permitia a freqüência de crianças com alguma “deficiência” em escolas comuns.
Mirco passou então a freqüentar uma escola especial
para cegos, porém, demonstrou não se
acomodar com a limitação imposta pela cegueira. Apesar de a estrutura
educacional, a partir do Diretor da Instituição pregar uma instrução
restritiva, considerando a pouca possibilidade de evolução de seus alunos,
Mirco conseguiu produzir e criar trabalhos e liderar um grupo de colegas na
execução de brilhantes atividades.
A falta de visão não cerceou a imaginação, invés
disso, o Protagonista dessa história desenvolveu um excelente sentido de
audição. Conseguiu despertar no seu Professor um olhar diferenciado, vendo em
Mirco outras possibilidades, capacidade de produzir algo que até então, não
havia sido feito naquela escola.
Mirco encabeçou a criação e produção de uma
história, produziu vários mecanismos improvisados para fazer os sons referentes
a situações da história, como passos de pessoas, aberturas de portas, etc.
Na apresentação que os alunos faziam para seus pais
periodicamente, apesar das dificuldades para romper com a apresentação tradicional,
já arraigada no costume da instituição,
Mirco e sua turma tiveram uma performance exuberante com uma inovação.
Conseguiram sensibilizar a platéia e deram uma prova de que a limitação pode
ser superada com criatividade e ousadia.
Por sua vez,
o professor enfrentou o
conservadorismo de seu Diretor em favor do talento do seu aluno, o qual
despertava aos seus olhos. Procurou dar
condições para que ele desenvolvesse suas criatividades, investiu nele e teve e
um ótimo resultado.
Percebemos na história de Mirco como foi importante
o papel do professor, pois, a despeito de toda tradição e todo conservadorismo
da instituição de ensino, o professor não deixou de acreditar e investir em seu
aluno.
É um excelente exemplo para professores cujo papel
deve ser o de promover a autonomia, criatividade e criticidade em seus alunos.
Mesmo em casos de relativa restrição por algum comprometimento físico ou
psíquico, sempre é possível avançar, melhorar aspectos na aprendizagem que vai
se refletir em qualidade de vida desse aluno.
Proposta de Atividade a partir do filme
Sugerimos uma atividade cujo objetivo seria aguçar o
sentido da audição, o sentido de solidariedade e, o do respeito pelo colega com
alguma necessidade especial.
Para tanto, precisaria de vendas e seriam utilizadas
em crianças a partir de cinco anos ou em outras faixas etária acima. Enquanto
um fica de olhos vendados, o outro guia por espaços onde permita uma variação
de situações como escadas, gramas, irregularidade no solo, para que o indivíduo
de olhos vendado possa perceber a dificuldade em depender de alguém para guiá-lo,
além de ter a oportunidade de ativar mais o seu sentido de audição.
Enquanto o guia exercita a solidariedade em auxiliar
ser companheiro no percurso.
Após esse experimento, pode se fazer a inversão dos
papeis para que ambos participantes possam vivenciar as duas situações.
Para finalizar a atividade, uma roda de conversa
seria interessante para que cada um a seu tempo, pudesse expor suas impressões
sobre a atividade.
REFERÊNCIA
BORTONE, Cristiano. Filme Vermelho como o Céu (Rosso
come il Cielo). Produção de Bortone, C. e Mazzocca, D., roteiro de Bortone, C.,
Zapelli, M. e Sassanelli, P., direção de Bortone, C., DVD, duração 95 minutos,
gênero drama, classificação etária 12anos, distribuição nacional: California
Filmes, Itália, 2004.
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