O Jornal Tribuna de Cianorte iniciou uma série de matérias sobre o potencial produtivo do Campus Regional da UEM em Cianorte. Os quatro cursos, Ciências Contábeis, Design, Moda e Pedagogia reúnem 629 alunos das mais variadas partes do Brasil. Além de movimentar a economia local, os universitários contribuem de forma significativa com a construção do conhecimento. Muitos são destaques em prêmios nacionais e levam consigo a referência local. Porém, duas situações emergências necessitam de resolução, a fim de não estancar toda a riqueza intelectual nas cercanias da Rua Dom Pedro II, onde está a sede do Campus.
Márcia Maioli, com doutorado em matemática, está na direção do Campus desde janeiro e fala a respeito da importância que a parceria entre Estado e Município significa para conservação da estrutura. “A Prefeitura tem efetuado benfeitorias no local, realizando a manutenção de equipamentos elétricos, implantação de corrimão, grades de proteção para a rede pluvial interna, corrimões nas escadas que ligam os blocos”, enumera a diretora.
De acordo com a mesma, a parceria prevê que a Prefeitura disponibilize também alguns funcionários. E diante da aposentadoria de alguns, tem havido o encaminhamento de outros para assumir as funções. “Em agosto recebemos um técnico administrativo e mais duas pessoas para atuar com serviços gerais devem chegar até setembro”, explica Márcia. Porém, enquanto as ajudantes não chegam, a limpeza de um dos blocos encontra-se comprometida. Sem uma pessoa responsável a alternativa é fazer um mutirão para deixar o local em condições de atender a comunidade acadêmica. “Mas isso já está resolvido”, salienta Márcia, na expectativa do reforço do time da limpeza.
Mas o que tem sido motivo de preocupação da direção do Campus é com relação à adequação da rede elétrica, que não suporta mais a demanda de energia, principalmente no período em que os termômetros sobem. A Copel já fez as alterações necessárias até a entrada do Campus, mas o serviço parou ali porque daquele trecho em diante, a responsabilidade é da Prefeitura.
Segundo Márcia, responsáveis pelo setor, no Executivo, já se reuniram com ela, informando que o projeto encontra-se em licitação, desde maio. “A preocupação é com a chegada do verão. Vamos precisar de ar condicionado, principalmente nos laboratórios. Ano passado, por dois dias os alunos foram dispensados por conta da queda de energia”, relembra a diretora.
Impasse na doação de terreno
Mesmo com todos os benefícios de uma universidade pública em um município, o Campus Regional da UEM em Cianorte vive um impasse que se arrasta desde 2011. Apesar da Lei 3.626/11 que prevê a doação de um terreno de 184.840,00 m² à Fundação Universidade Estadual de Maringá, ainda não foi sancionada pelo prefeito.
De acordo com Marcia Maioli em reunião recente com o Executivo o argumento para que a Lei não seja assinada é que Cianorte precisa ter uma compensação, com o aumento de cursos. Por outro lado a reitoria diz que enquanto o terreno não estiver no nome da Universidade não há meios legais para alocar recursos para construção de novos blocos, como um destinado ao curso de Design.
Com o projeto arquitetônico do que pode ser um grande laboratório de ideias para os acadêmicos, Márcia destaca que “os cursos precisam de qualidade. A UEM é o que é pela qualidade e não apenas pela quantidade. Na classificação de cursos, os de Cianorte, como contábeis e pedagogia,já foram melhores classificados que a sede em Maringá”.
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